Doenças do verão: fique por dentro das mais comuns e como evitá-las

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A época mais quente do ano se inicia em dezembro e se estende até meados de março. Nesse período, acontecem as férias escolares, muito associadas com as viagens à praia, aos passeios e à diversão ao ar livre. Existem algumas doenças de verão que podem atrapalhar a diversão, sendo importante ter atenção a elas.

As chuvas frequentes e as altas temperaturas formam um cenário favorável à proliferação de fungos, bactérias e mosquitos, responsáveis por esses problemas. Além disso, a maior exposição ao sol e o descuido com a procedência dos alimentos e com a higiene também são situações que impactam na saúde das pessoas nos meses de calor.

Para saber quais são as principais doenças de verão e como preveni-las, continue a leitura deste post!

Por que o verão é uma época propensa ao surgimento de doenças?

Embora seja a estação preferida de pessoas que amam cachoeira, praia, calor e sol, o verão pode facilitar o aparecimento de diferentes doenças. O excesso de exposição aos raios solares, a desidratação provocada pela baixa ingestão de água, a falta de protetor solar e o contato com superfícies úmidas compartilhadas podem transformar as férias em um verdadeiro incômodo.

Além disso, no verão existe uma aglomeração maior de pessoas nas piscinas e nas praias. Em decorrência de suas características — pelos contatos e pela proximidade que acontecem —, esses ambientes podem se transformar em locais propícios à proliferação de várias doenças.

Além disso, o costume de consumir produtos oferecidos por vendedores ambulantes e de se alimentar em barraquinhas aumenta ainda mais as chances de desenvolver uma contaminação alimentar. É fundamental se atentar e mudar alguns hábitos para se proteger e evitar algumas doenças.

Quais são as principais doenças de verão?

A estação mais quente do ano pode trazer algumas doenças nada agradáveis. Confira, abaixo, as principais e como é possível preveni-las!

Micose de pele

A micose inclui todas as infecções causadas por fungos que afetam o couro cabeludo, as unhas e a pele. Ela está entre as doenças mais comuns do verão, já que essa estação do ano é mais quente e úmida — condições que propiciam a reprodução desses micro-organismos.

As infecções fúngicas mais comuns dessa época incluem a micose de unha (unhas mais grossas e esbranquiçadas), a frieira (fissura entre os dedos) e o pano branco (manchas escuras ou claras na pele). Para evitar esse problema, é importante tomar alguns cuidados, como:

  • secar bem entre os dedos dos pés após tomar banho;
  • evitar o compartilhamento de objetos como cortadores de unha, calçados e toalhas;
  • usar chinelo em chuveiros públicos, vestiários, saunas e piscinas;
  • não usar roupas de banho molhadas por muito tempo.

Otite

A infecção ou inflamação nos ouvidos também é comum no verão em decorrência do acúmulo de água da piscina ou do mar no canal auditivo. Isso facilita a entrada de vírus e bactérias causadores da otite, um problema que provoca dor de ouvido e, em situações mais graves, vômito e febre.

Algumas medidas são importantes para evitar o surgimento da otite, como:

  • não fique muito tempo dentro d’água;
  • evite limpar a orelha com objetos pontudos;
  • proteja o ouvido contra a entrada de água.

Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, uma membrana transparente que tem a função de proteger os olhos. Os sinais mais comuns desse problema são lacrimejamento, coceira e vermelhidão, mas também podem surgir secreções purulentas e a formação de crostas na área dos olhos.

Essa doença tem origem a partir de uma irritação ou alergia, provocada pelo contato com o protetor solar, água do mar, cloro e outras substâncias. A conjuntivite também surge a partir de uma infecção bacteriana ou viral, tornando-se muito contagiosa.

Como a transmissão se dá pelo contato direto com secreções contaminadas, é importante ter cuidados para evitar a doença. Os principais são:

  • evite o contato com cloro e produtos químicos;
  • não compartilhe objetos pessoais como cosméticos, maquiagem, toalhas e óculos;
  • lave as mãos e o rosto com frequência;
  • evite coçar os olhos.

Intoxicação alimentar

A inadequada conservação dos alimentos é uma grande vilã durante o verão, já que pode resultar em intoxicação alimentar. Esse problema é caracterizado por uma reação natural do corpo após a ingestão de comidas contaminadas com fungos, bactérias ou toxinas produzidas por esses micro-organismos.

Após a ingestão desses alimentos, os sintomas incluem febre, diarreia, vômito, náuseas e evoluem para um mal-estar e desidratação. Um hábito comum nessa época do ano é comer em restaurantes ou barraquinhas variados, sem ter muita informação sobre a higiene do local. Algumas dicas para evitar a intoxicação alimentar incluem:

  • verificar a procedência dos alimentos;
  • prestar atenção na aparência e no odor da comida;
  • refrigerar os alimentos adequadamente.

Dengue

A dengue é uma doença de verão muito comum. Ela é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti infectado.

As chuvas (recorrentes no verão) aumentam os focos de água parada e limpa — local ideal para a proliferação do mosquito —, o que promove o surto de dengue. A quantidade de insetos aumenta e, com isso, ocorrem mais casos de infecções provocadas pelo vírus.

O melhor modo de prevenir essa doença é impedir a picada e a reprodução do mosquito. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados, como:

  • elimine os focos de água parada;
  • aplique larvicidas nos locais que contêm água e ficam ao ar livre;
  • use roupas que reduzem a área de exposição da pele;
  • coloque telas nas janelas;
  • limpe as calhas;
  • coloque areia nos vasos de plantas.

Insolação

A insolação ocorre quando a temperatura do nosso corpo ultrapassa os 40°C, interrompendo a transpiração e impedindo o resfriamento do organismo. Esse problema se instala quando as pessoas passam muito tempo expostas ao calor ou ao sol sem proteção.

O que torna a condição bastante perigosa é a elevação rápida da temperatura do corpo, que faz com que o indivíduo perca muitos sais minerais e água. Isso prejudica os processos essenciais para a boa manutenção do organismo.

Alguns cuidados que devem ser tomados para evitar a insolação são:

  • tome muita água durante o dia;
  • use protetor solar com FPS 30 ou superior;
  • use roupas leves e claras em dias de calor;
  • evite se expor ao sol no período das 10 horas até as 16 horas.

Bicho geográfico

O bicho geográfico é o nome conhecido da larva migrans cutânea, e os hospedeiros desse parasita são o gato e o cachorro. A infecção acontece por meio do contato direto da pele com as larvas infectantes, que estão presentes nas fezes dos animais e no solo.

Na pele do ser humano, a larva costuma causar prurido e irritação. Após a fase inicial, o parasita realiza um trajeto sinuoso na pele, formando um desenho parecido com um mapa. Durante o verão, muitas pessoas andam descalças e se infectam com uma facilidade maior.

Para evitar a doença, é preciso seguir algumas dicas:

  • ande com calçados;
  • limpe as fezes dos animais para não infectar o solo;
  • cubra a superfície onde você vai se sentar com uma toalha.

Desidratação

Definida como a perda excessiva de sais minerais e água, a desidratação é um problema bastante comum no verão por conta do aumento da transpiração e, em algumas situações, devido a diarreias e vômitos recorrentes de uma intoxicação alimentar.

De modo geral, perdemos cerca de 2,5 litros de água por dia por meio das fezes, do suor, da saliva e da urina. Um quadro de desidratação é definido quando a perda de líquidos ultrapassar esse valor.

Os principais sintomas desse quadro incluem aumento da irritabilidade, ressecamento das mucosas, fraqueza e mal-estar. Para prevenir a desidratação, é importante seguir algumas dicas, como:

  • evitar o consumo de álcool e café;
  • consumir sucos naturais e água de coco para complementar a hidratação;
  • ingerir cerca de 2 litros de água por dia.

Alergias

As alergias podem surgir em qualquer estação do ano. Como é comum que haja um aumento dos insetos no verão, as alergias às picadas são bem comuns quando as temperaturas começam a subir.

Algumas pessoas costumam ter alergias localizadas, caracterizadas por ficarem limitadas à picada — apesar de provocarem bastante vermelhidão e coceira na pele. Há quem sofra com as alergias disseminadas, que causam reações pelo corpo todo.

Para evitá-las, é fundamental colocar telas nas janelas e apostar nos repelentes. Quando possível, escolha roupas que deixam a pele menos exposta.

Câncer de pele

O câncer de pele não é, necessariamente, uma doença de verão, mas a exposição prolongada ao sol pode favorecer o aparecimento de melanomas. A radiação emitida pelos raios ultravioletas é um fator de risco para o surgimento desse problema grave.

É muito importante evitar se expor ao sol no intervalo entre 10h e 16h, além de reforçar o uso de chapéus, protetor solar e óculos de sol. Esses cuidados são indispensáveis até mesmo em estações amenas.

Agora que você já conhece as principais doenças de verão, lembre-se de adotar alguns cuidados para evitá-las. Lave as mãos antes de comer, use protetor solar, beba bastante água, verifique a procedência dos alimentos, evite coçar os olhos, entre outros.

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