Inventário de riscos: o que é e o que deve constar no documento?

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Um bom gerenciamento de riscos faz toda a diferença para a empresa. Com isso, o negócio se mantém dentro das normas e garante o melhor aos funcionários, promovendo a qualidade de vida e sua produtividade. Para que haja um bom fluxo de trabalho e medidas assertivas sejam tomadas, é importante contar com a documentação adequada. Por isso, hoje vamos falar sobre o inventário de riscos!

Essa é uma exigência imposta pela NR 1, com a intenção de minimizar e controlar os danos à saúde e à segurança dos profissionais. Para saber do que se trata esse elemento e como ele é elaborado, continue sua leitura até o final!

O que é o inventário de riscos?

É um documento onde se registram todos os riscos presentes nas atividades de trabalho, sejam eles químicos, físicos, ergonômicos ou psicossociais, por exemplo. Com ele, é possível criar um Plano de Ação que tenha medidas efetivas para o controle e a prevenção de danos. Assim, a empresa promove a segurança de forma mais assertiva, se atentando a detalhes de várias ordens e cuidando do bem-estar dos funcionários. 

O que deve constar em um inventário de riscos?

De acordo com a NR 1, o inventário deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

  • Caracterização dos ambientes de trabalho, os processos existentes e atividades exercidas;
  • Descrição dos possíveis perigos, danos e lesões à saúde e integridade dos funcionários, assim como as fontes e circunstâncias causadoras desses quadros;
  • Descrição dos riscos gerados pelos perigos, assim como os grupos de trabalhadores expostos a eles;
  • Avaliação e classificação dos riscos, levando em conta pontos como a gravidade e a probabilidade de ocorrerem;
  • Informações sobre a análise preliminar e o monitoramento das exposições a agentes de risco de diversas ordens;
  • As medidas de prevenção adotadas, como o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs ( Equipamentos de Proteção Coletiva), além de tecnologias de proteção e normas implementadas, por exemplo;
  • Os critérios utilizados na avaliação e nas tomadas de decisão, em relação à prevenção e ao controle dos riscos.

É necessário manter o inventário atualizado. Assim, qualquer alteração na empresa, no ambiente de trabalho, no maquinário ou na prevenção, por exemplo, deve ser relatada nele. Caso o documento esteja incompleto ou com informações antigas, ao ser solicitado para avaliação, o negócio estará sujeito a multas. Os registros e atualizações precisam ficar guardados, no mínimo, por 20 anos na companhia.

Como identificar os riscos e seus níveis?

O inventário deve ser elaborado pelo médico e o engenheiro da segurança do trabalho. Para sua realização, são necessárias certas etapas:

  • Os riscos são identificados a partir da análise de atividades. Um olhar profissional, atento e capacitado faz toda a diferença, averiguando detalhes que poderiam não ser percebidos;
  • Além disso, é preciso escutar a percepção dos funcionários, coletando relatos e opiniões sobre os riscos e impactos do dia a dia;
  • Posteriormente, é feita a avaliação e a classificação dos riscos. Como já comentamos, é importante levar em conta o nível da exposição e a gravidade do dano;
  • Com isso, é necessário monitorar e criar medidas preventivas, partindo para o Plano de Ação.

Os riscos e as medidas devem estar sempre claros para os funcionários, assim como as orientações e cuidados a serem tomados. Por fim, é essencial acompanhar a eficácia das ações implementadas e também estar atento a outros perigos, que podem não ter sido mapeados.

Agora você conhece o inventário de riscos e a sua importância! Não deixe de investir na qualidade e atualização desse documento, evitando multas e garantindo as melhores condições aos funcionários.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado! Para acompanhar as novidades e sugestões, não se esqueça de curtir a nossa página no Facebook.

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